ESCOLHA O TAMANHO DE SEU TEXTO

-A - +A

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Morgan Spurlock e o Palhaço

Foi lançado hoje o cartaz do novo filme do Morgan Spulock.
Aquele mesmo cara que quase morreu comendo McDonalds todos os dias no documentário 'Super Size Me' agora foi procurar Osama Bin Laden... o cartaz é uma paródia do Raiders of The Lost Ark, então o filme deve ser legal hehe

falando nisso...

Ontem mesmo eu estava sem internet dai apelei pra televisão, e pulando de canal em canal vi um negócio interessante na TV Cultura chamado Café Filosófico (ela está no favoritos do meu controle por causa do Castelo Ra-Tim-Bum haha)
Esse é um programa em que especialistas discutem um monte de assuntos legais, e tinha um barbudo lá que a palestra dele era sobre Fast-Food,
ele falava mais ou menos assim para a platéia:


- Porque vocês acham que as cadeiras de Fast-food não são confortáveis? O próprio nome do negócio diz porque elas sempre são feitas de plástico e nunca tem estofamento. O fast-food não quer que você fique lá depois de comer.

- Porque vocês acham que não servem bebidas alcólicas em fast-foods?
Porque quem bebe, fica.

- Porque vocês acham que não vendem cafés em fast-foods?
Porque quem bebe, fica.

- Porque vocês acham que não vendem cigarros no fast-food?
Acham que é uma questão de saúde?

Não.
É porque quem fuma, fica.

No fast food você precisa ficar quieto, acabar logo sua comida e ir embora.

------------

Logo depois de ver a palestra desse cara, eu lembrei de um vídeo bem legal da internet --




e quando eu tava vendo esse video, achei
o primeiro comercial do McDonalds --



o palhaço me deu medo, e eu não consegui mais dormir =(

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

De Passagem

* Editado do livro "Assim Falava Zaratustra"

Cruzando assim, lentamente, muitos povos e cidades, regressava Zaratustra para sua montanha e sua gruta. E caminhando de passagem chegou também de supetão à porta da grande cidade; porém ai caiu sobre ele, obstando-lhe a entrada, com braços estendidos, um louco furioso. O doido, portanto, assim falou a Zaratustra:

"Ó! Zaratustra, essa é a grande cidade: aqui nada você tem a procurar, porém tudo a perder.

Para que quer introduzir-se nese lamaçal? Tenha compaixão por seus pés! Cospe à porta da cidade e volte sobre seus passos!

Isto aqui é um inferno para os pensamentos solitários, aqui se cozem todos pensamentos, aqui se reduzem às papas!
Não vê almas penduradas como farrapos sujos? E desses farrapos, todavia, fazem periódicos!

Não ouve aqui como se troca o talento em jogos de palavras? Cospem repulsivas intrigas verbais! Provocam-se sem saber por que. Entusiasmam-se e não sabem por que.

Sentem frio e procuram aquecer-se com bebidas quentes; acaloram-se e procuram frescor em espíritos gélidos; a opinião pública consome-os e torna-os febris.

Aqui corre o sangue viciado, pobre e espumoso, por todas as veias; cospe à grande cidade, que é o grande vassadouro onde se acumulam todos os excrementos. Cospe à cidade das almas debilitadas e dos peitos estreitos, dos olhos penetrantes e dos dedos pegajosos; a cidade dos importunos e dos impertinentes, dos escrevinhadores e dos tagarelas, dos ambiciosos enfurecidos; a cidade onde se reúne todo o corroído, desconsiderado, libidinoso, sombrio, putrefato, depravado e esconjurado; cospe à grande cidade e volte!"

Nesse ponto, todavia, Zaratustra interrompeu o louco furioso e tapou-lhe a boca:

- Não ligo para seu menosprezo, e já que me alerta, porque não preveniu a si mesmo?
Em princípio, quem foi que o fez grunhir? Não o adularam o suficiente. Por isso sentou-se ao lado dessas imundícies, a fim de ter múltiplas razões de vingança. Que a vingança, doido varrido, seja sua miséria toda.

Para você, louco, fica esse ensinamento à guisa de despedida:
aonde não se pode amar, deve-se... passar.

Assim falava Zaratustra, ao passar por diante do louco e da cidade grande.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Bad Day

to com sono por causa do Oscar ¬¬ hehe



créditos pro bocão desse vídeo inútil aí de cima
boa segunda-feira pra vocês hehe =)
abraços

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Devaneios de Uma Noite Solitária


Sentado em um dos bancos do imenso metrô situado embaixo da Praça da Sé, um homem jovem e de olhos cansados olha para o nada e tenta preencher o espaço vazio dentro de sua mente. Uma voz vinda da televisão pendurada em um pilar fala sobre as últimas noticias de hoje, que são tão iguais às ultimas noticias de ontem, e que continuam como em um grande ciclo vicioso feito de tragédias e alegrias permeadas pela vida cotidiana, efêmera e medíocre. Ninguém vai se lembrar de nenhuma delas amanhã.

Um zumbido familiar ecoa por entre os túneis de metal, as portas se abrem nos vagões e milhares de pessoas passam apressadamente pelo corredor e pelas escadas da grande estação. O barulho de passos e murmúrios reverbera em alto volume, e os olhares se voltam vez por outra para o ponteiro do relógio, todos com esperança de chegar em casa a tempo da novela ou do futebol. Como um cisco parado em meio à frenética multidão, o homem no banco nunca se sentiu tão só. Por impulso ele se levanta e vai embora.

No caminho de casa observa os carros passando em meio aos prédios altos com luzes acesas. Imensos outdoors dizendo o que ele vai querer comer ou vestir, todos com fotos de lindas modelos que ele nunca vai conhecer. Pensamentos confusos surgem e desaparecem incessantemente no coração desse pobre homem que, desolado em meio ao concreto frio e a solidão de seu próprio coração, ainda clama por um sentido, algo que justifique sua existência infrutífera, um grito solitário e esperançoso por afeto dirigido ao buraco negro formado por seis bilhões de almas perdidas dentro de si mesmas.

Ao chegar em casa e ligar sua tv, o mundo moderno se revela como uma grande ironia. Nunca existiram tantas opiniões, teorias, modos de pensar, filosofias de vida que enchem as páginas da Internet e livros de auto-ajuda. Informação que ao invés de esclarecer, sufoca.

Um canal qualquer em meio a outros duzentos transmite uma declaração: “Estamos descobrindo novas tecnologias, e a ciência pode salvar o homem de epidemias, de furacões, pode acabar com a fome e, quem sabe, salvar o planeta de um meteoro qualquer”. Infelizmente essa boa notícia é apenas mais uma entre milhares que passam despercebidas pelo triste homem deitado em sua cama, e suas lágrimas são refletidas pela luz forte de grandes painéis de néon em sua janela.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Quem Guardará os Guardiões?



O mundo dá voltas.

O dia era 14 de outubro de 1962. Pela janela do gabinete presidencial da Casa Branca o então presidente John F. Kennedy vislumbrava mais uma manhã de sol no outono de Washington, imaginando se seria a última vez que veria um dia tão belo assim. Seus pensamentos se voltavam para aquela que foi provavelmente a mais importante decisão de sua breve vida (encerrada abruptamente em um assassinato dois anos depois). Isso tudo porque na madrugada deste fatídico dia, um relatório ultra-secreto mostrando fotos aéreas de mísseis nucleares em Cuba apontando diretamente para os EUA chegou às mãos do recém-eleito Presidente, e sua escolha nessa hora de crise definiria o destino do mundo e de milhares de centenas de vidas humanas.

Dentro da sala, aguardavam ansiosamente o veredicto de Kennedy comandantes do alto escalão do exército americano, já preparado com estratégias para uma possível invasão ao território inimigo e evacuação dos alvos em potencial. O clima não poderia ser pior, de uma hora para outra, as perspectivas de acordos para um futuro pacífico pareciam utópicas e o apocalipse nuclear era apenas questão de tempo.

Em meio a esse momento de constante tensão causada por uma iminente guerra nuclear, técnicos da Agência Avançada de Projetos e Pesquisas (ARPA) criavam a ARPAnet, que era mais nova arma para manter seguros os dados das novas bombas de hidrogênio de 58 megatons criadas recentemente, pelo menos cinco mil vezes mais letais do que as usadas em Hiroshima e Nagasaki. Essa rede de computadores fazia com que as informações contidas no Pentágono fossem partilhadas para o resto das bases militares do país, fazendo assim com que, em caso de guerra, as informações continuassem existindo mesmo que o Pentágono fosse riscado do mapa por um ataque nuclear.

Felizmente nada disso aconteceu. Prevendo a grande catástrofe que seria uma guerra entre duas potências, tanto os EUA quanto a URSS entraram em um acordo pacífico e o mundo não virou uma bola de fogo. Pouco a pouco, o atraso econômico causado pelo alto investimento em armas e a crise nas repúblicas soviéticas fez com que o modelo socialista fosse enfraquecendo cada vez mais. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas, marcando o fim da Guerra Fria.

Em paralelo aos acontecimentos políticos, a vantagem estratégica propiciada pela ARPAnet havia deixado de existir, e os militares liberaram a tecnologia inútil para algumas universidades, que logo viram o enorme potencial da novidade que chegou para mudar o mundo muito mais do que qualquer bomba atômica: assim nasceu a Internet.

A idéia central do inicio da Internet em um mundo sem grandes guerras e livre do fantasma da URSS era a liberdade de funcionamento. A idéia de que ninguém é dono da rede (não existe uma "empresa" Internet) é libertadora, mas apenas aparente. Dos 13 servidores principais, que distribuem os dados para outros geograficamente espalhados, apenas 3 estão fora dos EUA, isso ilustra o poder dos americanos sobre essa rede “independente” de informações.
Além disso, o crescimento da pirataria virtual e dos sites que incentivam o terrorismo e a xenofobia fez surgir recentemente a questão do controle de conteúdo através da vigilância na rede pela busca de palavras-chave (bomba H, Bin Laden, Hamas) e punição dos usuários que acessarem domínios considerados perigosos.

No Brasil, o projeto de lei para crimes digitais 84/1999 foi vetado por conter termos que poderiam ser interpretados para coibir a liberdade de expressão, mas o caminho para o estabelecimento de leis é mesmo pedregoso e deve ser tratado com cuidado. O governo da Malásia, por exemplo, em uma de suas leis estabelece pena de prisão para os autores de comentários negativos na Web sobre o islamismo ou o rei do país, e a China possui uma lista com mais de uma centena de sites proibidos e que é sempre atualizada. Hoje ela inclui desde o jornal americano The New York Times, até o da Anistia Internacional e o da revista Playboy.

A censura no mundo virtual é inevitável, mais cedo ou mais tarde será necessária uma forma de controle sobre os conteúdos que são indiscutivelmente perigosos para estarem disponíveis. A existência de uma Internet “fora da lei” é preocupante, mas é igualmente preocupante pensarmos na possibilidade desse poder que tudo pode e tudo vê (relembrando o “Big Brother” de George Orwell) cair em mãos irresponsáveis que podem regular as informações às quais teremos acesso. O verdadeiro problema está em criar uma Agência reguladora isenta de ligações políticas ou ideológicas para controlar esse fluxo de informação.

O poeta romano Juvenal, do século 2 d.C., já falava sobre o perigo de um enorme poder concentrado nas mãos de uma minoria, e ele é o autor da famosa pergunta “Qui custodiet ipsos custodes?” (Quem guardará os Guardiões?). Infelizmente, essa questão ainda permanece longe de ser respondida.

Kennedy e a Guerra Fria ficaram para trás, mas seus filhos ainda são, paradoxalmente, necessários para a evolução mundial, mas perigosos se usados de maneira inconseqüente.

E o mundo continua girando...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Tarantino´s Mind

hoje no intervalo da aula de TV pude dar uma lida no script de Pulp Fiction e lembrei de alguns videos muito bons que eu tinha guardado aqui no favoritos:



essa é a "Breakfast Scene", uma das melhores cenas do filme

e o vídeo abaixo é o curta-metragem brasileiro "Tarantino´s Mind", muito bom vale a pena conferir:



Espero que vocês gostem =)
abraços

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Em Busca da Felicidade


"Feliz é a vida que está conforme a própria natureza. Isso só pode acontecer se você mantiver a mente sã; se for verdadeiramente forte; decididamente paciente; adaptável às circunstâncias do tempo; atento ao corpo e a tudo que muda; mas sem ansiedade; amante das vantagens que aprimoram a qualidade de vida; mas com a devida precaução; feliz é aquele que consegue se servir com o dom da sorte sem dela tornar-se escravo”.

O que é felicidade?

Em meio às mudanças e perturbações da sociedade e do homem pós-moderno, parece que essa pergunta volta a ter algum sentido. O mais novo e polêmico manual da busca pela felicidade, a combinação do livro e do DVD com o nome de “O Segredo”, já venderam mais de dois milhões de cópias no mundo inteiro, e esse ramo se tornou o negócio mais lucrativo dos últimos tempos; Paralelamente a isso, uma pesquisa feita pela DataFolha em maio deste ano revelou que 90% dos brasileiros freqüentam algum culto religioso em busca de conforto espiritual. Tudo indica que a religião e a auto-ajuda possuam mesmo alguns pontos em comum: já não basta para justificar a miséria humana a resposta da vontade de Deus. Agora se alguma coisa está errada, é porque você não está vivendo da maneira certa.

O que explica o fenômeno de vendas desses livros? Historicamente, os momentos de pico da auto-ajuda coincidem com as épocas de crise e mudanças de comportamento. Os primeiros autores encontraram terreno fértil nos Estados Unidos da Grande Depressão, e fundaram através disso uma verdadeira indústria do bem-estar. Trata-se de um mercado imenso; Apenas no ano passado, as editoras americanas lançaram cerca de 3.500 títulos e faturaram 600 milhões de dólares com o gênero. O lema do negócio é que simplicidade e clareza são fundamentais no formato de um bom livro de auto-ajuda, e por essa razão é que os capítulos não costumam ter mais que três páginas e em cada uma delas encontra-se uma frase em tom imperativo que resume a idéia geral.

O sucesso desses manuais pré-fabricados parece ser fruto de uma sociedade extremamente competitiva e individualista, que não tem tempo para reflexão e precisa de respostas rápidas e fáceis para seus conflitos pessoais; esse papel era antes reservado para a Filosofia, mas ela é longa e complicada demais, então o mundo moderno prefere optar por conselhos simples que parecem saídos dentro de biscoitinhos da sorte chineses.

Por isso mesmo é preciso ter critério. Livros como esses, que buscam indicar receitas para a felicidade, são um prato cheio para místicos, gurus e pseudocientistas. É melhor não acreditar em respostas milagrosas que vão mudar sua vida ou em poderes eletromagnéticos justificados pela física quântica; A melhor literatura de auto-ajuda é aquela que conta histórias que façam você refletir sobre sua própria vida, e não aquela que indica caminhos esdrúxulos para conseguir dinheiro ou popularidade.

O que é felicidade? Essa pergunta é uma das mais antigas feitas pelo homem, e talvez nunca consigamos chegar a uma definição exata, mas a receita para se alcançar a felicidade parece familiar em todas as épocas; Por exemplo, o primeiro parágrafo deste texto, que parece retirado diretamente das páginas de mais um novo sucesso editorial, na verdade foi escrito no ano 43 d.C., pelo filósofo Sêneca.

Estranho como suas palavras ainda soam atuais e necessárias.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

7:15


7:15 A.M.

O despertador toca e me tira de um outro sonho bom.

Eu coloco no “soneca”.
Não consigo voltar a sonhar, e o apito do despertador me lembra que joguei fora mais cinco minutos da minha vida.

Eu não consegui dormir o bastante, e nada que vem na minha cabeça é digno de ser dito. Arrasto-me até o banheiro e ligo o chuveiro, inicia-se assim o antigo ritual matinal, que começou não sei há quanto tempo e que talvez nunca mais pare.

Banho, escovar os dentes, tomar café da manhã, dar uma olhada rápida no jornal, e sair para outro dia, mais um dia, assim como qualquer dia. O ônibus continua lotado, o mundo continua cheio de pessoas, e eu continuo aqui, sendo mais um no meio de uma multidão, tendo tanta pressa para chegar a lugar nenhum.

Chego no trabalho. As mesmas pessoas tagarelam sobre suas próprias vidas, eu escuto pacientemente sobre programas de TV de ontem, sobre coisas magníficas que acontecem do outro lado do mundo, sobre a Internet e a revolução da comunicação. Assim outro dia passa, e eu continuo imerso em meus pensamentos superficiais, fruto de uma sociedade que não tem tempo para dormir, para comer, para fazer amigos.

Ao chegar em casa meu troféu pela sobrevivência me espera, uma lata de cerveja e a minha televisão. As mesmas propagandas sobre aparelhos extraordinários e pílulas milagrosas que irão fazer eu parecer com um astro. Outro novo sabor super refrescante de refrigerante. Outra pasta que deixará meus dentes cada vez mais brancos.

A lata está vazia; Desligo e vou dormir.

Nesse momento olho pela janela e vejo algo extraordinário.
Vou até a sacada e encontro aquela garota que não vejo há anos, por quem me apaixonei desde o primeiro momento nos corredores do colégio.
“Eu estava te esperando” ela diz, me fitando com seus lindos olhos azuis.
“Eu também” eu digo, quase não contendo a emoção.

“Eu te esperei por toda minha vida”.

Agora o mundo não é mais tão cinza.
De uma hora para outra enxergo um sentido para a minha miserável existência.
Duas almas gêmeas finalmente se encontram.
Todo sofrimento desaparece.


7:15 A.M.

O despertador toca e me tira de um outro sonho bom.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

mais Tiros, agora em Illinois...



( "Ele atirou diretamente nos presentes", afirmou John Giovanni, outra testemunha. "Não disse uma palavra. Não parecia que estivesse apontando diretamente para alguém. Acho que tentou atingir o maior número possível de pessoas". )


Armado com duas pistolas e um fuzil, ele entrou calmamente num auditório da Northern Illinois University, minutos antes de terminar uma aula de geologia. Testemunhas descreveram o autor dos disparos como um homem branco vestido de preto, com cerca de 1,80 m de estatura.





Esse cara de cima me faz lembrar esse de baixo



"O homem é o lobo do homem"


e também essa cena do documentário do Michael Moore -





coincidência?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A Terrível Síndrome de Homer Simpson

“Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro.”

Algum tempo atrás, em um ‘reino’ muito, muito distante, onde a população era toda muçulmana e proibida de beber, um cara meio atrapalhado, barbudo e um pouco acima do peso fala em seu discurso oficial perante a multidão: “Vamos fazer um brinde!”, e logo depois agradece o ‘continente árabe’ por ser tão gentil com os visitantes estrangeiros. Em outro lugar do mundo, uma outra pessoa, magra e com cara de fazendeiro do Texas, responde ao jornalista que o interroga sobre a demora dos planos de seguro social: “vamos fazer o mais rápido possível, seja lá o que isso quer dizer!”. Não, nenhum dos dois é amarelo nem mora em Springfield. Por incrível que pareça, eles são presidentes de dois países do mundo real, Brasil e EUA, respectivamente.

Mas a gravidade da epidemia não pára pelo alto escalão do poder. Muito pior que a Peste Negra ou que qualquer gripe vinda de um frango, a SHS assola milhões de pessoas em todos os países, a maioria dos portadores são da classe média. Pesquisas mostram que os principais sintomas desses desafortunados são: a religiosidade exagerada, o amor por fast-foods e o vício pela televisão.

Ninguém sabe como tal pandemia começou, mas tudo indica que é fruto do lado negro da força da chamada american way of life. Estudos mostram que 52% da classe média americana NÃO SABEM que a terra leva 365 dias para dar a volta no sol, mas em compensação eles sabem desde crianças os nomes dos personagens do McDonalds. Não é a toa que cada adulto consome em média 144 lanches e 288 pacotes de batata frita por ano; consequentemente 60% da população sofre de obesidade.

Outra vertente interessante é a televisão; o americano fica em média 4 horas e meia em frente à telinha por dia, e as crianças assistem 1.680 minutos de televisão por semana contra os 3 minutos em média em que conversam com os pais no mesmo período. O crescente consumismo aliado ao individualismo do capitalismo selvagem criou esse ser amorfo, acrítico e alienado. Provavelmente assim nasceu o vírus do “homem-massa” (ou Homer, para os íntimos) que rapidamente se espalhou pelo mundo.

No Brasil não é muito diferente. Estudos mostram que os maus hábitos alimentares aliados ao sedentarismo fazem 40% dos brasileiros serem obesos, e (por coincidência ou não) 38% são analfabetos funcionais. O brasileiro assiste em média 3 horas e alguns minutos de televisão por dia, e lê muito, mas muito pouco (na faixa de 1,8 livro por ano), 74% dos adultos brasileiros nunca ou raramente lê um livro.

Cuidado, a próxima vítima pode ser você.
E não existe cura para a idiotice.


Agora vou parar por aqui porque acabou a novela, vai começar o big brother e meu x-bacon chegou.
.....
.....
.....

Esqueci de gelar a cerveja.
D´OH!

Indiana Jones IV




Nossa acabei de assistir o trailer =)
tá chegando! hehe



abraços

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O Espelho


O cheiro da fumaça impregnava o ar. As vozes se misturavam e, irreconhecíveis, beiravam um ruído homogêneo, a sinfonia de qualquer bar lotado.

Em um dos lados do balcão estava um velho, acompanhado apenas de seu copo de uísque e do cigarro queimando em cima de um cinzeiro usado. Não parecia feliz, nem triste. Parecia que há muito tempo não ria, e nem chorava. A indiferença dominava o universo em seu olhar vazio e soturno, o mesmo olhar do boi que no matadouro espera pelo abate inevitável do destino.

Alguma coisa me aterrorizava profundamente na figura desse pobre homem. Talvez fosse o movimento mecânico que fazia ao tragar seu cigarro, ou ao tomar mais um longo gole de seu copo. O que mais incomodava é que ele fazia isso sem parecer sentir o gosto de coisa alguma, sem absolutamente prazer nenhum nesses simples prazeres da vida, presentes dionisíacos espalhados pela madrugada.

Pensei comigo mesmo que essa impermeabilidade funesta do homem só podia ser fruto de uma longa vida (talvez longa demais) cheia de sonhos incompletos, amores inacabados, cicatrizes que, por algum motivo desconhecido, nunca vão deixar de fazer parte do seu coração.

Mas a vida pode ser diferente disso?

“O que você tá olhando?” Perguntou um de meus amigos na mesa, olhando para o balcão vazio do bar lotado.

“Nada cara...” respondi surpreso.

“Nada.”

Hypnerotomachia



"Talvez tudo aquilo que é
humano não é nada mais que um sonho.
Talvez o que eu sinto agora uma hora vai se dissipar como poeira...
talvez...
ela nem exista."
Hypnerotomachia, Cap. I

Pouca gente sabe mas acabou de ser terminada agora (agora mesmo, fechei o Premiére e vim postar haha) a pós-produção do curta metragem "Hypnerotomachia", feita pelos dois 'Flutuantes' eu e o Nagai e com a grande participação do Carlinhos.

Vou acabar o menu do DVD aqui e depois trabalhar para colocar em stream e no YouTube para que todo mundo possa dar opinião =)

abraços

Ceriblog?

Isso mesmo galera!
eu demorei para entrar no Orkut e demorei ainda mais para criar um blog, mas já que o fotolog saiu de moda e está mais lento do que nunca eu vou começar a postar alguns dos meus textos aqui, para não ter risco de eu perder eles guardando só no meu HD =)

e quem sabe por sorte alguém perdido possa passar por aqui, dar uma lida e comentar hehe

abraços