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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A Terrível Síndrome de Homer Simpson

“Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro.”

Algum tempo atrás, em um ‘reino’ muito, muito distante, onde a população era toda muçulmana e proibida de beber, um cara meio atrapalhado, barbudo e um pouco acima do peso fala em seu discurso oficial perante a multidão: “Vamos fazer um brinde!”, e logo depois agradece o ‘continente árabe’ por ser tão gentil com os visitantes estrangeiros. Em outro lugar do mundo, uma outra pessoa, magra e com cara de fazendeiro do Texas, responde ao jornalista que o interroga sobre a demora dos planos de seguro social: “vamos fazer o mais rápido possível, seja lá o que isso quer dizer!”. Não, nenhum dos dois é amarelo nem mora em Springfield. Por incrível que pareça, eles são presidentes de dois países do mundo real, Brasil e EUA, respectivamente.

Mas a gravidade da epidemia não pára pelo alto escalão do poder. Muito pior que a Peste Negra ou que qualquer gripe vinda de um frango, a SHS assola milhões de pessoas em todos os países, a maioria dos portadores são da classe média. Pesquisas mostram que os principais sintomas desses desafortunados são: a religiosidade exagerada, o amor por fast-foods e o vício pela televisão.

Ninguém sabe como tal pandemia começou, mas tudo indica que é fruto do lado negro da força da chamada american way of life. Estudos mostram que 52% da classe média americana NÃO SABEM que a terra leva 365 dias para dar a volta no sol, mas em compensação eles sabem desde crianças os nomes dos personagens do McDonalds. Não é a toa que cada adulto consome em média 144 lanches e 288 pacotes de batata frita por ano; consequentemente 60% da população sofre de obesidade.

Outra vertente interessante é a televisão; o americano fica em média 4 horas e meia em frente à telinha por dia, e as crianças assistem 1.680 minutos de televisão por semana contra os 3 minutos em média em que conversam com os pais no mesmo período. O crescente consumismo aliado ao individualismo do capitalismo selvagem criou esse ser amorfo, acrítico e alienado. Provavelmente assim nasceu o vírus do “homem-massa” (ou Homer, para os íntimos) que rapidamente se espalhou pelo mundo.

No Brasil não é muito diferente. Estudos mostram que os maus hábitos alimentares aliados ao sedentarismo fazem 40% dos brasileiros serem obesos, e (por coincidência ou não) 38% são analfabetos funcionais. O brasileiro assiste em média 3 horas e alguns minutos de televisão por dia, e lê muito, mas muito pouco (na faixa de 1,8 livro por ano), 74% dos adultos brasileiros nunca ou raramente lê um livro.

Cuidado, a próxima vítima pode ser você.
E não existe cura para a idiotice.


Agora vou parar por aqui porque acabou a novela, vai começar o big brother e meu x-bacon chegou.
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Esqueci de gelar a cerveja.
D´OH!