ESCOLHA O TAMANHO DE SEU TEXTO

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domingo, 20 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Humano, Demasiado Humano...


Quando eu ouvi o terceiro trovão seguido, corri para uma banca de revistas. Esperando a chuva/caos/alagamento/dilúvio passar ou talvez continuar e matar todos os habitantes pecadores de São Pompéia , eu aproveitei para me divertir folheando algum exemplar daquela popular prateleira de livros giratória - caso a imagem mental não tenha surgido, é o lugar que sempre deixam os clássicos da literatura que custam R$ 9,99 cada. Peguei o 'Humano, Demasiado Humano' do Nietzsche e abri em uma página aleatória - é a minha forma precária de conferir conteúdo, já que em minha opinião a orelha do livro ou aquele resuminho de trás geralmente entregam coisa demais (mas com certeza em Nietzsche esse não é o caso).

Uma vez eu ouvi falar do 'Humano...' em uma palestra na UEL sobre a singularidade em Nietzsche, mas a única coisa que eu "li" - e coloco o verbo "ler" entre aspas pois eu sei que para ler de verdade o bigodudo você precisa ter mais referências mitológicas que Matusalém teve em toda sua breve vida - foi o 'Assim Falava Zaratustra'. Gostei dele, mas do mesmo jeito que eu gosto de pudim***.

Enfim, o que eu li no 'Humano...' me chamou a atenção, então transcrevo abaixo:

231 - A Origem do Gênio - A engenhosidade com que o prisioneiro busca meios para sua libertação, utilizando fria e pacientemente cada ínfima vantagem, pode demonstrar que o procedimento da natureza às vezes se serve para produzir um gênio - palavra que, espero, será entendida sem nenhum ressaibo religioso ou mitológico -: ela o prende em um cárcere e estimula ao máximo seu desejo de se libertar. - Ou, para recorrer a outra imagem: alguém que se perdeu completamente ao caminhar pela floresta, mas que, com energia invulgar, se esforça por achar uma saída, e descobre às vezes um caminho que ninguém conhece. Assim se formam os gênios, aos quais se louva a originalidade....

Nesse exato momento meu ônibus chegou e eu tive que deixar para trás o conforto da sabedoria para correr 100 metros rasos cheios de água e desafiar a 2ª Lei de Newton.

Isso me deixou pensando; Talvez a tempestade e o ônibus lotado sejam equivalentes ao empurrão da natureza na escuridão da floresta.

Ou não.

*** Ou seja, se tiver na geladeira eu como, mas nunca vou me dar o trabalho de ter uma reflexão filosófica sobre os ingredientes.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

As if you could outdance me!

Já que toquei no assunto literatura 'neo-mórmon',
deixo aqui uma sátira muito boa do filme Crepúsculo hahaha



abraços!

LEI XXII



Em alguns momentos, eu folheio um livro que comprei há mais ou menos cinco anos com o nome de "As 48 Leis de Poder".

Não é um livro obscuro ou 'cult'. Acho que até chegou a figurar nas listas dos mais vendidos por um tempo, mas eu nunca consegui terminá-lo. Ele fica na estante indefinidamente, me esperando, com sua capa laranja e com as letras douradas, zombando da minha inebriada consciência moral.

Não, eu não consigo ler esse livro. Eu acho ele moralmente repreensível em todas as maneiras possíveis. Ele superficializa questões fundamentais. Ele é uma auto-ajuda com pitadas de Dostoyevski e aforismas de mestres da luta chineses.

Mesmo assim, paradoxalmente, eu recomendo a leitura e a não-leitura periódica do mesmo.

Afinal, qualquer coisa moralmente repreensível ainda é melhor do que a babaquice neo-mórmon que é bestseller atualmente, como "A Cabana" ou vampiros viadinhos que tem nojinho de sangue.
-
LEI XXII
TRANSFORME A FRAQUEZA EM PODER

"Voltaire vivia exilado em Londres numa época em que estava no auge ser contra os franceses. Um dia, caminhando pelas ruas, ele se viu cercado por uma multidão irada:
“Enforquem-no, enforquem o francês”, gritavam.


Voltaire calmamente se dirigiu a turba dizendo o seguinte:
"Ingleses! Desejam me matar porque sou francês. Já não fui punido o suficiente por não ter nascido inglês?”

A multidão aplaudiu as suas palavras sensatas e o escoltaram de volta aos seus alojamentos."

The Little, Brown
Book Of Anecdotes, Clifton Fadiman Ed. 1985"
-
Mas lembrem-se: assim como todo livro de capa laranja, ele não é para ser levado muito a sério.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

The Adventures of Tom Bombadil




"There was an old dwarf in a dark cave,

to silver and gold his fingers clave;
with hammer and tongs and anvil-stone
he worked his hand to the hard bone.

and coins he made, and strings of rings,
and thought to buy the power of kings.
But his eyes grew dim and his ears dull
and the skin yellow on his old skull;
through his bony claw with pale shin
the stony jewels slipped unseen.
No feet he heard, though the earth quaked,
when the young dragon his thirst slaked,
and the stream smoked at his dark door.
The flames hissed on the dank floor,
and he died alone in the red fire;
his bones were ashes in the hot mire.

There was an old dragon under grey stone;
his red eyes blinked as he lay alone.
His joy was dead and his youth spent,
he was knobbed and wrinkled, and his limbs bent
in the long years to his gold chained;
in his heart´s furnace the fire waned.
To his belly´s slime gems stuck thick,
silver and gold he would snuff and lick:
he knew the place of the least ring
beneath the shadow of his black wing.
Of thieves he thought on his hard bed,
and dreamed that on their flesh he fed,
their bones crushed, and their blood drank:
his ears dropped and his breath sank.
Mail-rings rang. He heard them not.
A voice echoed in his deep grot:
a young warrior with a bright sword
called him forth to defend his hoard.
His teeth were knives, and of horn his hide,
but iron tore him, and his flame died.

There was an old king on a high throne:
his white beard lay on knees of bone;
his mouth savoured neither meat nor drink,
nor his ears song: he could only think
of his huge chest with carven lid
where pale gems and gold lay hid
in secret treasury in the dark ground;
its strong doors were iron-nound.
The sword of his thanes were dull with rust,
his glory fallen, his rude unjust,
his halls hollow, and his bowers cold,
but king he was of elvish gold.
He heard not the horns in the mountain-pass
he smelt not the blood on the trodden grass,
but his halls were burned, his kingdom lost;
in a cold pit his bones were tossed.

There is an old hoard in a dark rock,
forgotten behind doors none can unlock;
that grim gate no man can pass.
On the mound grows the green grass;
there sheep feed and the larks soar,
and the wind blows from the sea-shore.
The old hoard the Night shall keep,
while earth awaits and the Elves sleep."

J.R.R Tolkien

O Triste Fim de Jack, O Coelho.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Insônia no YT


aháa, finalmente em streaming!

Curta metragem "Insônia"

Direção - Rafael Ceribelli.
Produção - Fábio Nagai.
Assistente de Produção - Adriano Jr.

Elenco -

Rafael 'Grog' Silvestre
Thiago 'Banha' Campos
Ronaldo Matos
Adriano Jr.




terça-feira, 20 de outubro de 2009

Songbird

Da série "bandas que eu começo a ouvir depois que elas acabam",
acordei assobiando essa maldita música hoje hehe



abraços!

64 easy steps

Baseado em fatos reais hahaha

sábado, 10 de outubro de 2009

The Salmon of Doubt


Eu queria ter alguma coisa realmente boa para dizer agora, mas minha overdose de tereré - maldito vício - não deixam meu pensamento estabilizar em nada por mais tempo de que 15 segundos, então enquanto eu escrevo nesse blog, eu confiro meu email, penso em escrever um livro, despenso em escrever um livro, assisto o Sílvio Santos falar para a Carla Perez "Desculpa eu perguntar isso para você, mas você completou o ensino fundamental?", e encho outra garrafa com limão e gelo.

Bom, a moral da história deste post é:

LEIAM DOUGLAS ADAMS!

Cada página que eu leio do último livro dele - que foi publicado como um compilado de vários artigos que ele escreveu - é mais genial do que a página anterior, e eu estou literalmente lendo duas páginas por dia para o livro não acabar prematuramente e me jogar denovo no infinito vazio do universo sem uma toalha - leia-se, onde os seres humanos acham que são melhores que os golfinhos.

Confiem em mim. Platão pode esperar. Kant não diz nada demais. A Bíblia vem em audiobook (narrado pelo Cid Moreira). O livro que você vai querer levar para a eventualidade de uma ilha deserta é o 'Hitchhiker Guide to The Galaxy".

Douglas Adams era um cara realmente genial. Uma pequena amostra disso são esses dois parágrafos que eu li hoje: trata-se de uma introdução sobre as inúmeras introduções para livros que ele teve que escrever.

"I do enjoy having these litlle chats at the front of books. This is a complete lie, in fact. What actually happens is that you are battling away trying to finish, or at least start, a book you promised to deliver seven months ago, and faxes start arriving asking you if you could possibly write yet another short little introduction to a book that you clearly remeber writing "The End" to in about 1981. It won´t, promises the fax, take you two minutes. Damn right it won´t take you two minutes. It actually takes about thirteen hours and you miss another dinner party and your wife won´t speak to you, and the book gets so late that you start missing entire camping holidays in the Pyrenees and your wife won´t talk to you, particularly since the camping holiday was your idea and not hers and she was only going on it because you wanted to and now she has to go and do it by herself when you know perfectly well that she hates camping.

And then more faxes come in demanding more introductions, this time for omnibus editions of books, each of which I have already written individuals introductions to. After a while I find I have written so many introductions that someone collects them all together and puts them in a book and asks me to write an introduction to it. So I miss another dinner party and also a suba-diving trip to Azores and I discover that the reason my wife isn´t talking to me is that she is now in fact married to someone else."

Acabou meu gelo e limão.
Howdy ho piratas!
abraços!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Contador de Histórias

*texto enviado para concorrer ao Curso de Jornalismo da Editora Abril

"Quem sou eu e por que escolhi o jornalismo como profissão?"


A partir do momento em que me inscrevi para participar do Curso Abril de Jornalismo, cada uma das inúmeras vezes em que eu olhava para o computador e lia atentamente essa pergunta, tentava em vão encontrar uma forma simples e direta de responder a questão, até que cheguei à infeliz conclusão de que uma das minhas qualidades/falhas é não ser nem um pouco simples ou direto. E temo que acabei por gastar alguns dos meus preciosos caracteres em algo que não esclareceu coisa alguma sobre a questão propriamente dita.


Ainda assim, de alguma forma essa pergunta realmente me diz respeito: como cheguei a ser o que sou? Porque escolhi o jornalismo como meu estandarte pessoal para enfrentar o mundo? Inicialmente me senti incomodado por não encontrar uma resposta óbvia. Esse incômodo logo transformou-se em preocupação, que por sua vez metamorfoseou-se em uma dúvida cartesiana. Resolvi então buscar refúgio em minha memória, que esclarece em parte os motivos e os fatos que contribuíram para que eu chegasse até aqui.


Meu nome é Rafael Ceribelli Nechar, e minha história começou em meados de outubro de 2004, época em que - como mais um estudante do terceiro ano do Ensino Médio correndo contra o tempo do vestibular - tive que encarar pela primeira vez com seriedade a pergunta: “O que vou fazer pelo resto de minha vida?”. Independentemente do que os especialistas digam, qualquer que seja a resposta, ela é um fardo muito pesado para ser carregado por alguém cujo maior problema até aquele momento era a preocupação em como prevenir a acne.


Sempre fui um estudante mediano, e minhas notas nunca foram parâmetro para coisa alguma. Enquanto alguns amigos meus – estudando para entrar em cursos ‘sérios’, como Medicina - não ficavam satisfeitos com uma nota 9, eu pulava de alegria quando, vez ou outra, um 7,5 iluminava meu boletim escolar, especialmente quando essa nota extraordinária surgia em matérias como matemática e física – o que na presente situação poderia certamente ser considerado um milagre e prova incontestável da existência divina.


Mesmo estudando pouco, nunca fui um aluno ‘burro’. Sempre senti um gosto especial pela leitura, e aprendi desde cedo a trilhar o caminho pessoal e intransferível da literatura; lembro-me que desde pequeno sempre pedia livros no meu aniversário e no natal, e enquanto meus amigos brincavam com seus novos Power Rangers, eu preferia ler outra aventura do Tintin ou mais um mistério de Sherlock Holmes. Dessa forma aprendi desde cedo que as palavras podem nos levar à lugares extraordinários, e até hoje sinto como se eu próprio já tivesse experimentado a solidão de uma ilha deserta junto com Crusoé, ou empunhado a espada de Edmond Dantès e sentido na alma sua sede de vingança.


O gosto pela leitura me ajudou muito em minha caminhada pelas Ciências Humanas, e quando foi chegada a hora da fatídica decisão sobre o rumo de minha vida, optei por duas estradas distintas: escolhi prestar Jornalismo - por ser alguém apaixonado por histórias – e Filosofia – para tentar entender os homens e suas histórias, com um olhar para além do senso comum. Hoje, ao final desses dois cursos, sinto que não sou mais o mesmo garoto espinhento de épocas atrás, e tenho plena consciência de que – apesar das noites sem dormir, dos inúmeros ‘deadlines’ e dos textos em alemão de Heidegger – fiz a escolha correta.


Uma velha alegoria árabe retrata o contador de histórias como um homem solitário, em cima de uma pedra, bradando incessantemente seus contos para o mar. As águas, enfeitiçadas, escutam palavra por palavra. Se um dia o contador de histórias se calar, ninguém pode dizer o que fará o oceano.


Quem sou eu?


Eu sou um jornalista; um meio para um fim que ainda não vislumbro; sou um nômade; um sonhador; um contador de histórias. Um homem sozinho que, apesar de sua pequenez, cochicha insistentemente para tentar instigar um maremoto nesse infinito oceano de informações.

domingo, 4 de outubro de 2009

Get Up






"The world ain't all sunshine and rainbows.
It's a very mean and nasty place...
and I don´t care how tough you are,
it will beat you to your knees and keep you there permanently, if you let it.

You, me or nobody, is gonna hit as hard as life.
But ain't about how hard you hit... It's about how hard you can get hit, and keep moving forward... how much you can take, and keep moving forward.
That´s how winning is done.

Now, if you know what you worth, go out and get what you worth.
But you gotta be willing to take the hits.
And not pointing fingers saying: You ain´t what you wanna be because of him or her or anybody.

Cowards do that and that ain´t you."

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Os Noobies

pensa em alguém com 0 de destreza



pensa em alguém com 0 de hiding



hahahahaha
abraços!

domingo, 27 de setembro de 2009

There and Back Again

* retirado do "O Hobbit", de J.R.R Tolkien

"Then the prophecies of the old songs have turned out to be true, after a fashion!" said Bilbo

"Of course!" said Gandalf. "And why should not they prove true? Surely you don´t disbelieve the prophecies, because you had a hand in bringing them about yourself? You don´t really suppose, do you, that all your adventures and escapes were managed by mere luck, just for your sole benefit? You are a very fine person, Mr. Baggins, and I am very fond of you; but you are only quite a little fellow in a wide world, after all!"

"Thank goodness!" said Bilbo laughing, and handed him the tobacco-jar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Caminho da Estratégia


Limpando minha gaveta antiga, eu encontrei um livro que eu acho que comprei no primeiro colegial, chamado 'O Livro dos 5 Anéis'.

Ele foi escrito por Miyamoto Musashi, uma lenda no Japão e o
maior samurai de todos os tempos.

Isso que estava escrito quando eu abri em uma página aleatória:

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"Em tudo deve haver controle de tempo. O tempo é importante na dança e na música de sopro, pois só assim pode haver ritmo, mas todas as habilidades e técnicas devem levar em conta este importante fator: também existe tempo no Vazio.

Existe o tempo da vida do guerreiro, na prosperidade e no declínio, na harmonia e nos desacordos. Da mesma forma, existe o tempo no caminho do mercador, na ascensão e queda da capital.

Todas as coisas sobem e caem. Você precisa aprender isso.

Você pode ganhar batalhas com o controle de tempo no Vazio.
E este é o caminho dos homens que desejam aprender minha estratégia:

1. Não pense desonestamente
2. O Caminho está no treinamento
3. Familiarize-se com todas as artes
4. Conheça os Caminhos de todas as profissões
5. Distinga sabiamente entre ganho e perda nas questões mundanas
6. Desenvolva o julgamento intuitivo e compreensão de todas as coisas
7. Note tudo aquilo que não pode ser visto
8. Preste atenção, mesmo ao que parece banal
9. Não faça nada que não tenha utilidade

É importante começar estabelecendo esses princípios gerais no coração, e treinar no Caminho da Estratégia. Quando você não enxerga as coisas em uma larga escala, é muito difícil dominar a estratégia, mas se aprender corretamente o Caminho, jamais perderá uma luta, mesmo que enfrente vinte ou trinta inimigos."

Segundo ano de Shoho (1645), quinto mês, décimo segundo dia
Miyamoto Musashi

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acho que vou ler esse livro denovo. hehe
abraços!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Assim Falava Bart


Acho que todas as pessoas que passam por uma universidade de Filosofia adquirem um certo pé atrás diante de algumas publicações 'pseudofilosóficas' - nessa infeliz lista estão incluídos todos os livros de auto-ajuda, misticismo ou exagero metafísico-quântico, que preenchem as principais prateleiras das livrarias de hoje, e que por alguma razão desconhecida (que merece um estudo mais aprofundado, e esse assunto já foi mencionado nesse blog no post 'Em Busca da Felicidade', em fevereiro do ano passado) habitam frequentemente a lista dos 'best-sellers'.

Essa 'cautela' filosófica diante de obras que prometem fórmulas mágicas para o sucesso através de releituras de Platão ou de Nietzsche é até certo ponto saudável, mas eu admito que ela me faz ser muitas vezes mais seletivo do que o necessário, e às vezes obras muito interessantes são barradas erroneamente pelo filtro da 'quase-filosofia'.

Esse é o caso deste livro que eu acabei de ler: 'Os Simpsons e a Filosofia' era um livro que eu sempre olhava na prateleira, sempre achava legal a capa azul e queria levar para casa, mas era barrado pelo meu deformado espírito crítico, que me dizia em voz alta "SE VOCÊ LEVAR ESSE LIVRO EU TE OBRIGO A LEVAR TAMBÉM A CRÍTICA DA RAZÃO PURA!".

Eu pesava na balança essa proposta, e não valia a pena ter que encontrar o velho virgem denovo; Homer Simpson teria que esperar outra oportunidade.

Até que, em um belo dia de setembro do ano passado, duas garotas - uma loira e outra morena, com uma aura de lindas ninfas da sabedoria* - me presentearam com esse livro dos Simpsons, e essas jornalistas sexys acertaram no presente. O livro me surpreendeu porque é composto por artigos de vários filósofos e contém várias questões filosóficas interessantes, apresentadas de uma forma surpreendentemente simples e correta.

Cara, terminar esse livro fez eu curtir ainda mais os 'Simpsons'

Abaixo um trecho do ensaio 'Assim Falava Bart', de Mark T. Conard:

"Você conhece as histórias; ele cortou a cabeça da estátua de Jebediah Springfield; queimou a árvore de natal da família; roubou um videogame de uma loja; colou em um teste de QI e acabu entrando em uma escola para gênios; enganou a cidade inteira, fazendo todos pensarem que havia um garotinho preso em um poço, etc, etc...

Bart Simpson não é o tipo de pestinha adorável que vive se metendo em encrenca; ele não é um rebelde com um coração de ouro. É, isto sim, um delinquente esperto, um 'bad boy' em calças azuis, um destruidor, um servo do Satanás - se você acredita neste tipo de coisa.

Provavelmente você acredita que a irmã dele, Lisa, é a virtuosa da família. Ela é brilhante, talentosa, muito lógica e racional, sensível. Ela tem princípios; combate a injustiça quando a vê; é vegetariana porque acredita nos direitos dos animais. Provavelmente você diria que ela é a única personagem admirável no desenho.

Bom. deixe-me te contar sobre outro cara malvado, um cara malvado da Filosofia, (O quê? Você não sabia que existiam pessoas malvadas na Filosofia?) esse era um cara mal, mal de verdade; um tipo de delinquente esperto. Desprezava a autoridade e foi uma espécie de 'destruidor' de conceitos; escreveu um livro intitulado 'O Anticristo' e parecia detestar tudo. Ele rechaçava a religião e ria da piedade. Dizia que Sócrates era um bufão que se levava a sério. Chamou Kant de decadente, Descartes de superficial e John Stuart Mill de cabeça oca. Em seu livro 'Assim Falava Zaratustra', chegou a afirmar "se você vai procurar mulheres, não esqueça de levar o chicote!"

Embora Nietzsche rejeitasse e até risse do ideal tradicional da chamada 'boa pessoa', a pessoa solidária, religiosamente virtuosa, ele próprio tinha um ideal: o espírito livre, a pessoa que rejeita a moralidade tradicional, que aabraça o caos do mundo e dá estilo ao caráter.
Será que, do ponto de vista nietzscheano, estamos admirando o personagem errado? Será que Lisa é parte do que Nietzsche chama de cansaço do mundo, moralidade de escravo? Claro, é divertido ser mau, mas será que existe algo filosóficamente importante nisto?"

é isso aí! abraços!
nos cheiramos mais tarde!


*na verdade quem me deu esse presente foram
três meninas: a Mariah, a Gaby e a Ci, mas mulher de amigo
meu não é mencionada nesse blog, questão de respeito hahaha

sábado, 29 de agosto de 2009

They Crippled His Fish



Depois do sucesso meteórico do 'Assassino Terrivelmente Lento com A Arma Extremamente Ineficaz", uma outra produção promete abalar as bilheterias do mundo e arrebatar vários prêmios.

Com vocês, o magnífico 'Cachaça, The Movie' haha





abraços!

sábado, 22 de agosto de 2009

Hooters Trick

haha depois dessa eu PRECISO de uma cerveja



bom sábado pra vcs galera! hehe
abraço

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Gramado Teve o Que Merecia



Faço minhas as palavras de Pablo Villaça sobre a Xuxa ser homenageada como 'rainha do cinema' no festival de Gramado.

Gramado teve o que merecia

by Pablo 14. agosto 2009 15:37

Quando um festival supostamente dedicado a homenagear, honrar e celebrar o Cinema resolve premiar uma das maiores fraudes do país, uma figura que produz porcarias em massa sem o menor apuro artístico apenas para explorar os fãs e adicionar mais alguns trocados à sua já imensa fortuna, é natural que qualquer cinéfilo que se preze se sinta ultrajado. Dizer que Xuxa contribuiu para o cinema nacional apenas porque fez filmes de sucesso é um argumento tão estúpido quanto alegar que Rob Schneider fez bem para o gênero comédia ao mostrar que fazer rir não é tão simples quanto muitos imaginam.

O que forma público não é a presença de uma "estrela" em um subfilme. O que forma público não é um fenômeno pontual no qual crianças obrigam seus pais a pagarem ingressos para sua visita anual ao cinema. O que forma público são bons filmes que, através de histórias envolventes e bem contadas, levam as crianças a se interessarem por uma experiência diferente daquela que já vêem na televisão.

Sim, porque um "filme" que nada mais é do que uma versão widescreen de um especial da Globo não é "Cinema" apenas porque foi projetado numa tela em uma sala de exibição - e as crianças percebem isso; sabem que nada viram de diferente e, portanto, não encontram, ali, motivação para persistirem na descoberta desta nova forma de arte.

O que Gramado esperava celebrar, então, com a homenagem a uma criatura que apenas explora a arte que amamos para benefício próprio e que ainda se notabilizou por garantir a eterna censura a um filme no qual atuou (Amor Estranho Amor)? Se a homenagem partisse de uma associação de exibidores, perfeito. Mas de um Festival de Cinema?! Imperdoável.

Os organizadores do evento, porém, tiveram o que mereciam: depois de se venderem com o intuito de criar um oba-oba que recolocasse Gramado na lista dos principais eventos de cinema do país (na qual Gramado, ao lado do Festival de Brasília, vem deixando de figurar há algum tempo), os responsáveis por esta homenagem vergonhosa foram obrigados a testemunhar a Rainha cuspindo o prêmio em seus rostos. Com a falta de elegância e educação que poderíamos esperar de uma mulher que encontrou um nicho de mercado na sexualização dos programas infantis, Xuxa fez um discurso não apenas patético e sem a menor coerência, mas também ofensivo. Acusou o festival de ser preconceituoso, afirmou ser uma representante típica do "povo" (o que explica por que seus seguranças atropelavam quem tentasse se aproximar da auto-proclamada - e vejam a ironia - "Rainha") e ainda usou o clichê zagalliano do "eles tiveram que me engolir" depois de receber seu troféu.

E Gramado ainda pagou 60 mil reais à criatura para que esta ofendesse e humilhasse o evento (além de manchar sua História).

Brilhante. E merecido.


como diriam meus amigos do outro blog
TOPUTO!! haha
abraços

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Paranoid Android

hehe resolvi fazer uma singela homenagem ao dia dos pais com essa gravação de um improviso de Paranoid Android que até que ficou bem legal, mas essa música é um puta de
um trabalho de Sísifo hahaha
meu pai é style haha



abraços!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
(...)

Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:

"Trouxeste a chave?"'

*Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Poor Competition


* PARA VISUALIZAR A TIRINHA, CLIQUE EM CIMA DELA

** créditos ao meu único amigo que passa suas tardes de quinta conversando
com tenistas russas - sim, a inveja é uma merda hahahah

Insônia







Exatamente neste minuto - 15:05 de 24 de julho de 2009 - eu acabo de encerrar a longa e fatídica pós-produção do meu segundo curta metragem 'Insônia'; e agora, depois de arrumar ele, bagunçar tudo e montar denovo algumas vezes eu achei que ficou style.
tanto que vou evitar de assistir pra não ter a tentação de arrumar nada hehe

eu vou tentar algum jeito disponibilizar o curta completo em streaming, (já que o YT só aceita vídeos até 10 minutos e eu não quero dividir em partes) mas enquanto isso aqui vão alguns
screenshots do 'Insônia'.


PS - o Insônia é uma 'sequência' nada lógica do Hypnerotomachia, do ano passado.



abraços!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Milo



Isso aqui é extraordinário, na boa mesmo!

eu só tinha ouvido falar do projeto 'XboX Natal', então eu fiquei de cara com esse vídeo. daqui a alguns anos com certeza eu vou comprar o PC do cara do minority report!

essa é a noticia do portal UOL:

Todos gostaríamos de parecer bobos na frente do computador, não? Agora, isso não será um luxo só dos usuários do XBox 360. Bill Gates, o eterno chefão da Microsoft, basicamente confirmou que o Projeto Natal virá para PC também! Em uma entrevista à CNET, o homem do Windows disse que o periférico de captura de movimentos não é só para games, mas para "consumidores de mídia como um todo".

Gates disse que as divisões do Windows e do Xbox já testaram a tecnologia e ainda menciona seu uso em escritórios - não, ele não falou "Office", mas sim "office", ou seja, escritório. Prepare-se para levar muitos tapas involuntários enquanto estiver gesticulando para mover uma célula para outra coluna no Excel em seu local de trabalho.

E esse é o vídeo:


E32009 Project Natal - Demo Milo - Xbox 360
by 360Only

abraços!

sábado, 18 de julho de 2009

Where The Hell is Martim??





O martim me mandou pelo orkut um vídeo da sua volta ao mundo de bike, ficou mto style!



cara só sei que essa sua viagem aí me lembrou de um video muito velho daquele cara que faz dancinhas ao redor do mundo, dai eu fui conferir e o maldito ainda tá viajando por aí, tem até uma versão 2008 hahaha



e eu achei tbm a versão do vídeo da mulher dele hahaha



abraços!
Květen Thor s vámi Martin! AHOW!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

The Horribly Slow Murder




"Férias" em Londrina, eu me matando para ter um primeiro corte do meu novo curta-metragem 'Insônia', e eis que entre um intervalo e outro eu tenho a sorte de me deparar com esse grande filme! hahahahhaha


EU DEVIA TER PENSADO NESSE ASSUNTO ANTES!



abraços

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Profissional Jornalista



Eu bem que tentei me manter alheio aos acontecimentos da decisão recente do STF - que invalida o diploma de 'comunicação social' com ênfase em jornalismo para a prática da profissão - mas isso em algum nível sempre voltava para me incomodar, como uma questão/assombração que de relance se parece apenas com um vulto no reflexo do espelho, mas que te mantém acordado pelo arrastar de correntes no porão de seu subconsciente.

Porque me sinto assim? Talvez esse distúrbio epistemológico noturno possa ser atribuído em parte à dose cavalar de tererê que eu venho consumindo a um bom tempo, e que enquanto estou em São Paulo, - entre um jogo de futebol e um episódio de Scrubs - se tornou uma prática diária comum. Talvez seja porque recentemente eu fui até o MTB e em minha carteira de trabalho está escrito 'Profissional Jornalista', o que me faz parte de uma classe que precisa ter opinião sobre esse fato relevante, e eu sentia uma pontada de culpa de ignorá-lo completamente.

Seja como for, eu precisava ter uma opinião formada sobre isso.

Primeiro, vamos aos fatos:

No último dia 17, o STF derrubou a obrigatoriedade do diploma para exercício da função de jornalista. O relator e presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, defendeu no julgamento a tese de que o jornalismo é uma profissão diferenciada que tem vinculação com o amplo exercício das liberdades de expressão e de informação; por isso, a obrigatoriedade do diploma seria inconstitucional e, portanto, inválida.

A reação foi imeditada nos quatro cantos do país. Pelo que eu sei, em Londrina houve uma manifestação dos estudantes, e eu fui convidado para participar de uma aqui em São Paulo também, no metrô Consolação. Por razões óbvias de ignorância e de preguiça completa eu não fui e nem fiquei sabendo sobre o resultado efetivo de nenhuma das duas (e talvez o assunto aqui em SP tenha sido abafado pela greve stalinista da USP). De qualquer forma, pelo que me consta os estudantes estão 'revoltados' porque com essa resolução eles serão obrigados a ficar virtualmente iguais a qualquer zé-ninguém no mercado de trabalho, pois mesmo aqueles que não tenham feito uma faculdade de 4 anos poderão exercer a profissão.

Existe mais uma importante agravante no grupo dos 'contras' ( e volta e meia eu recebo emails da UNOPAR sobre isso): As instituições - principalmente as privadas - estão chocadas com esse 'abuso' do STF, pois agora todos são jornalistas, e isso é um absurdo!!

Porque é um absurdo?! ÓBVIO! As redações em breve estarão lotadas de anárquicos barbudos que fumam maconha injetam heroína e não tem o MÍNIMO senso de ética! Agora, sem a obrigatoriedade do diploma, os jornalistas serão todos estrupadores e não precisarão mais ter aulas importantíssimas de metodologia e de jornalismo social! Não terão a chance de lerem obras incríveis de Dostoyevski e estudarem a complexidade do mundo através das teses de Edgar Morin ou dos poemas de Baudelaire! O jornalismo está arruinado!!

Que minhas adoradas colegas de classe desculpem minha ironia perversa; eu só posso comentar sobre a minha experiência de forma particular, e a universidade de jornalismo quase não me serviu para nenhuma dessas coisas acima, ou mesmo para desenvolver qualquer senso ético super apurado que me diferencie do resto dos mortais.

Não que eu seja um ingrato, eu adorei minha universidade; adorei as conversas na lanchonete no café da manhã, adorei minha sala cheia de mulheres bonitas - as vezes eu até ganhava um cafuné! =) - até achei legal a aula de alguns professores, principalmente em rádio e TV. Mas 4 anos disso me fizeram ser um jornalista?

Não sei.

O que eu sei é que o jornalismo é como um vírus maldito, uma praga que ataca o âmago de um contador de histórias, uma ânsia pelo fenômeno natural e efêmero. Para mim o verdadeiro jornalista é parente do trovador medieval: ele leva notícias, carrega sentimentos em seus acordes, e faz isso a troco de nada particular, mas sim de um alívio universal sobre nossa limitada e muitas vezes cruel condição terrena.

E se estivéssemos no pátio de um castelo do sec. XV, meu conselho para vocês, nobres colegas, seria mais ou menos assim:

"Levanta-te e anda, jornalista de verdade! Avante! Não é um pedaço de papel que lhe define! Se muito, este pedaço de papel apenas lhe prende à mediocridade, à acomodação, lhe dá uma desculpa perante sua própria falta de aprendizado, rejeitando as lições que o mundo oferece dia após dia! No fim, nada tens a temer, senão o martírio de reavaliar a si mesmo!"

e, depois desse breve discurso, eu provavelmente cairia desmaiado na sarjeta por ter bebido vinho demais.

abraços!

PS - sim, eu tomei 5 litros de tererê hoje.

PS 2 - eu sinto falta de vocês, garotas dos cafunés =\

Viva La Revolución!



* queria agradecer o blog dos caras da USP por disponibilizarem esse discurso fantástico do companheiro Claudionor. 'TÔPUTO' também é cultura.

"Como marxistas revolucionários nós defendemos a destruição de todos os Estados Burgueses!"

Claudionor Brandão, instalador de ar-condicionados e emérito pensador, um dos principais ícones revolucionários da Grande Greve da USP em 2009.



"Só filha da puta
A coluna social
O menor no sinal
É filho de um sistema desigual"

Poema clássico da banda emo 'Forfun', que analisa profundamente as mazelas sociais provocadas pela desigualdade econômica e pelo avanço do monstro capitalista



com uma liderança sindical brilhante como esta,
apoiada por uma juventude esclarecida como a nossa,
estamos chegando cada vez mais perto desse cenário maravilhoso:

terça-feira, 9 de junho de 2009

A Mão é Mais Rápida que a Visão!




haha finalmente tomei vergonha na cara (ou deixei de ter)
pra postar aqui o maior filme de artes marciais de todos os tempos!
preparem sua pipoca, sentem-se confortavelmente e desfrutem de
KARATê KIKO! hauihauihai

parte 1 -




parte 2 -



e como bônus, a musica do taking back sunday em homenagem
a essa putinha relaxada que o kiko sempre foi! hahaha



abraços!

sábado, 6 de junho de 2009

Rendezvouz



vou tentar fazer isso com o celtinha algum dia haha

"Em agosto de 1978, o cineasta francês Claude Lelouch montou uma camera giroscopicamente estabilizada na frente de uma Ferrari 275 GTB e convidou um amigo, piloto profissional de Formula 1, para fazer um trajeto no coração de Paris à maior velocidade que ele pudesse.A hora seria logo que o dia clareasse,o filme só dava para 10 minutos e o trajeto era de Porte Dauphine, através o Louvre até a basílica de Sacre Coeur.

O filme feito por Lelouch exibe uma negligência criminal, devido ao risco de vida corrido pelos pedestres e da segurança dos motoristas. Na primeira exibição do filme, Lelouch foi preso e liberado logo depois, sem nenhuma punição sofrida.

A distribuição do filme poderia ser vista como ameaça, já que poderia incentivar os motoristas a andar perigosamente (e como loucos) pelas ruas e desrespeitar todas as leis do trânsito (incluíndo semáforos), apontando que Lelouch estava certo quando falava que o filme era uma coisa de ação real, ao contrário de efeitos de cinema.

Comentários atribuídos ao próprio Lelouch indicam que ele reconheceu o ultraje moral feito neste filme e que ele estava preparado para os futuros riscos e problemas que o filme proporcionaria."


e, se você acha que já viu isso em algum outro lugar, não é só impressão hehe

foi aqui -

abraços!

domingo, 31 de maio de 2009

The Universe is Mind-Boggling, Indeed...




Em um daqueles encontros improváveis que sempre acontecem quando a gente menos espera, eu dei de frente com os caras da banda 'Astros' (que eu me considero fã pra caramba), e no meio de uma conversa nada a ver eu falei "sabia que eu usei uma música de vocês em um trailer pra um concurso?"

Os dois pararam e falaram "caralho! então você que fez aquilo lá?! a gente pensou até em processar o diretor"

eles VIRAM o trailer faz tempo!
fiquei de cara,
choquei a barba,
nada mais caótico e rizomático que o youtube
hahahaha

esse é o trailer feito uns 2 anos atrás e com 3 mil e poucos views



e essa é uma singela homenagem ao 'Astros',
que vai lançar CD novo final desse ano ou
até a copa de 2014 hauhai



abraços

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Silêncio e Solidão


"Meu irmão! Queres caminhar para a solidão? Queres procurar o caminho que conduz a ti mesmo? Detém-te um pouco e escuta-me. ‘Aquele que procura, facilmente se perde em si mesmo. Todo partir para a solidão é culpa - assim fala o rebanho. E tu fizeste parte do rebanho durante muito tempo. A voz do rebanho continuará ressoando dentro de ti. Queres, porém, percorrer o caminho de tua tribulação, que é o caminho para ti mesmo? Mostra-me, então, teu direito e tua força para fazê-lo" (NIETZSCHE, 2000)


No cinema, o silêncio que pontua o diálogo entre personagens por vezes tem uma função narrativa mais importante do que o diálogo em si - o segundo que precede o beijo, a expressão de horror diante do inesperado, a calmaria antes da tempestade – as palavras e a música parecem não serem suficientes para transmitirem a mesma sensação do absoluto silêncio. Qual nossa relação emocional com algo tão anti-natural quanto a ausência de som? É quase impossivel para o homem presenciar objetivamente um momento de verdadeiro silêncio em toda sua vida – ao longe o vento sopra, as sirenes disparam, os lobos uivam, o rádio transmite incessantemente estática – porque então temos essa reação diante do inalcançavel?

A solidão imposta pelo absoluto silêncio por vezes incomoda e nos obriga uma transformação para espectadores ativos – os acontecimentos destacam-se ao mesmo tempo em que perdemos nosso referencial sonoro e somos levados à procurar esse referencial vazio dentro de nossa própria subjetividade. A magia intrínseca ao absoluto silêncio talvez signifique para nós, como humanidade, uma maneira de encontrarmos algo universal, arranhando o infinito – de nos sentirmos submersos por um instante em meio ao oceano cósmico, deixando de lado o mundo de fora com todos os seus ruídos e adentrando algo que transcende a própria idéia de indivíduo.

O silêncio e a música, no cinema e na vida, estão paradoxalmente tão próximos como o tudo e o nada – o infinito de um acorde e aquele que nunca chegou a ecoar.



domingo, 17 de maio de 2009

Did you put a coin in here?

passei o domingo inteiro assistindo a segunda temporada do scrubs, e descobri depois de add o Zach Braff no facebook e ver a entrevista do cara no letterman que eu quero ser ele quando eu crescer - trabalhou em uma das séries mais legais de todos os tempos, fez um puta trabalho de direção no 'Garden State', tem um porsche e dirige avião nas horas vagas



mto bom haha
abraços!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A Filosofia e a Girafa

acabei de ver na SuperInteressante um site mto massa que disponibiliza aulas de universidades com os melhores professores do mundo inteiro em vídeo, um dos exemplos é esse vídeo abaixo: uma aula de filosofia da universidade de Yale com o tema 'Morte'. tem várias coisas legais lá vale a pena conferir se vc for nerd haha



www.academicearth.org

interessante é que ele cita no começo da aula sobre os '5 estágios da morte' e isso me lembrou um video mto velho e zuado da girafa morrendo hahaha abaixo tbm para vocês



abraços!

Os Metais e o Homem, por Thiago Campos.


eu estou sem muito tempo pra atualizar,
entao vou postar a brilhante conclusão do nosso amigo Banha em seu trabalho do primeiro colegial intitulado 'Os Metais e o Homem', para a professora Luthergard

"Esse trabalho me mostrou como o homem utiliza seus recursos minerais, como é importante praticar a reciclagem,varias propriedades de metais,a utilização de metais, como é importante proteger os metais contra ferrugem e corrosão.
Enfim, mostrou-me muito sobre os metais."

créditos ao fabio nagai por ter guardado
essa obra de arte

e aproveito para postar a caricatura da turma toda acima
volto em breve com coisas iguais ou mais inuteis ainda hahaha

quinta-feira, 16 de abril de 2009

The internet Is a Bad Thing?

a internet é uma coisa boa?



a internet é uma coisa ruim?



campanha style hehe

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Canção da Espada




*retirado do romance de Bernard Cornwell, "A Canção da Espada"
** editado por Ceriblog

"Esta não era nossa primeira tentativa de fazer uma emboscada no Temes naquele inverno longo e molhado, mas era a primeira que prometia sucesso. Por duas vezes, antes, haviam me dito que vikings tinham passado pela abertura na ponte quebrada de Lundene para atacar os povoados frouxos e gordos de Wessex, e nas duas vezes tínhamos vindo rio abaixo sem encontrar nada.

Mas dessa vez havíamos posto os lobos em uma armadilha. Toquei o punho de minha espada Bafo de Serpente e em seguida o amuleto do martelo de Tor, pendurado no pescoço.

'Mate todos eles', rezei a Tor, 'todos, menos um.'

Devia fazer frio naquela noite longa. O gelo formava uma fina camada nas partes fundas dos campos inundados pelo Temes, mas não me lembro do frio.

Lembro-me da ansiedade. Toquei Bafo de Serpente de novo e me pareceu que ela teve um tremor. Algumas vezes eu achava que a espada cantava.
Era um canto fino, apenas entreouvido; um som penetrante,
a canção da espada desejava sangue.

Esperamos e, depois, quando tudo acabou, me disseram
que durante toda a matança eu não parava de sorrir em nenhum momento."

domingo, 29 de março de 2009

Tale of Two Cities




*
conto de Charles Dickens
** editado por Ceriblog


"Um fato extraordinário a merecer reflexão é o de que cada ser humano se constitui num profundo e indecifrável enigma para todos os demais. Sempre que entro numa grande cidade à noite, considero com solene gravidade que todas aquelas casas fechadas e escuras encerram seu próprio segredo, que cada aposento em cada uma delas oculta um mistério, que cada coração pulsando nessas centenas de milhares de peitos esconde algum segredo para o coração que está ao seu lado!


Alguma coisa de horror, até mesmo da Morte, tem a ver com esse fato. Não mais posso virar as folhas daquele querido livro que amei e em vão pretendi ler. Não mais posso contemplar as profundezas dessas águas insondáveis nas quais, à luz fugaz dos relâmpagos, vislumbrava tesouros enterrados e outras preciosidades submersas.


Meu amigo está morto, meu vizinho está morto, meu amor, a eleita de minha alma, está morta; e essa é a inexorável consolidação e perpetuação do segredo que sempre existiu nessa individualidade, e que eu próprio também carregarei comigo até o fim da minha vida. Dormirá, nos cemitérios desta cidade por onde agora passo, alguém mais inescrutável do que é para mim qualquer de seus habitantes vivos e ativos, ou do que sou eu próprio para eles?"